quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ganhos locais x globais (II/III)

Bem, a segunda parte da trilogia da nerdisse que me aventurei a falar vai na mesma onda mas parte do prisma empresarial, aí sim a seara de loucasloucuras e ventoaventuras da Engenharia de Produção... Entre as muitas aplicações dessa lei nas empresas, vou me ater a um sub-universo.

Estou lendo atualmente um livro bem interessante sobre relações comerciais, que analisa a distribuição de poder entre comprador e fornecedor. Sua principal tese é que nenhuma parte permite sub-otimizações nas suas transações comerciais: de forma geral fornecedores querem maximizar lucros e clientes querem mais qualidade por menor preço possível. Entre as muitas críticas que o livro faz está a de que a literatura atual de Marketing ao buscar somente a visão do fornecedor é extremamente fragmentada, míope e ingênua, não dando conta dessa tensão intrínseca, achando que os clientes vão aceitar lucros extorsivos.

A GM se estabeleceu como a principal empresa industrial do mundo utilizando um modelo que forçava ao máximo extrair lucros de seus fornecedores, o uso extensivo de competição na indústria de auto-peças e o estímulo desta. O preceito básico é a de que os resultados locais de cada empresa é o melhor para o todo da economia.

E aqui chega ao ponto que queria expor para vocês pensarem. Os japoneses são fodas. Eles ainda não se permitiram ser estudados quanto a relação "tamanho peninano x complexos e distúrbios de personalidade x escapes encontrados no trabalho". Só sei que o Japão já ensinou muito ao Ocidente sobre uma outra forma de fazer mais coisas com menos enVERGADURA...


O Japão desenvolveu a partir da década de 60 instituições no âmbito nacional para muitos setores de sua indústria que, ao invés da COMPETIÇÃO buscavam a COOPERAÇÃO. Então os players das indústrias japonesas, que já tinham 3 ou 4 fornecedores (contra centenas gerenciados por seus embatentes americanos) passaram a desenvolver produtos e mercados em parceria não apenas com seus fornecedores, mas com seus competidores. Quando soube disso pela primeira vez, minha cabeça entrou em parafuso. A premissa é que competidores se ajudando mutuamente podem atingir melhores resultados globalmente. Em 10 anos, os japoneses estavam entrando nos EUA e em 40 anos, estavam levando as 3 grandes de Detroit à (quase) falência.

Isso não pode ser somente explicado por diferenças culturais, existem sérios distúrbios na individualidade deles que ajudam a explicar porque eles não possuem nenhuma auto-estima! (Isso está inclusive em vários Mangás quando ex-vilões viram aliados no decorrer da saga...DBZ).


3 comentários:

  1. cade a parte 3 cara ! q saco, parece a ultimo numero de DC vs Marvel que nunca chegou na minha banca e eu acabei ficando sem saber como surgiu o universa Amalgama, com herois ridiculos como o nightclawer !

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  2. caralho o comentario no final sobre viloes de mangá arrebatou-me... mt sagaz.
    foda esse blog cara. tu só tem q cuidar mais com o portugues, erros de atenção enfraquecem um ótimo texto... (tipo no começo da parte 1 dessa trilogia)

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