segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ganhos locais x globais (III/III)

O tópico final, como urgido pelo companheiro Charles, trata sobre privilégios voltados especificamente a grupos de interesse. E dos grupos mais vis, diante dos quais lobbistas e traficantes parecem vilões estilo Gargamel. Me refiro às associações/gangues de profissionais, isto é, às reservas de mercado destinadas a castas selecionadas. Na verdade, a raiva contra eles é tamanha que eu só criei essa série de ganhos locais x globais para tratar do tema. Minha raiva é tamanha, que estou pensando em me aprofundar mais nessas searas...

Quando você tem uma reserva de mercado qualquer que seja a extensão ou o conteúdo, o resultado invariavelmente é um só: o bem público fica subservido para que privilegiados nadem nas boa-venturas, rindo da população, os idiotas. Tudo isso com as salvaguardas e o discurso mais baixo possível: "amigos, essa é a lei e estamos fazendo isso pelo vosso bem. É a justiça social"... AHAHAHAHAHAHAHA (Minha risada será retomada mais a frente, com mais amargura. Antes, um exemplo da luz no fim do túnel....)

Por vezes, o bom-senso impera. Jornais já contratavam especialistas sem diploma em jornalismo. O impensável era ver o público sofrer com reportagens de leigos-jornalistas às custas da informação correta. De fato, às vezes dá para enxergar em 2 segundos que em certo assunto que possuímos razoável domínio, quem escreveu é leigo. Os jornais, graças a Deus, entendiam como deveriam entender que a boa informação não pode ficar subjulgada a gangues do diploma.


Infelizmente, essa não é nem de perto, a realidade no mundo do Direito. Lá, impera o reinado dos advogados... Não importa a causa, não importa a complexidade da matéria a ser julgada. Amigão, você não pode lavar vossa bunda juridicamente ou fazer absolutamente nada sem o intermédio de um advogado. O mais triste de tudo é tentar fazer um diálogo sobre isso com quem se beneficia da pilhardia. Aí que dá um aperto no coração. Eles vão argumentar que a lei é um aparato complexo ou que os juízes não podem perder tempo com o cidadão comum. Como se ambos, lei e juízes, não existissem como o único propósito de servir ao cidadão comum. Nisso, qualquer partilha de herança, por mais amistosa e simples que seja, vai precisar do nosso amigo de todas as horas, o advogado camarada e das suas infinitas horas de trabalho em meio a conveniente burocracia e morosidade do sistema. E o resto, vítima da intocabilidade das leis e dos juízes, que se vire para pagar 6% que o amigo tem DIREITO. AHAHAHAHAHAHA (Falei que ela voltava!)

Assim é fácil manter nenhum ânimo para tentar mudar qualquer coisa que seja... Só mesmo nesse tipo de país para que haja mais advogados sendo formados do que Engenheiros... Cada um atrás do seu quinhão!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ganhos locais x globais (II/III)

Bem, a segunda parte da trilogia da nerdisse que me aventurei a falar vai na mesma onda mas parte do prisma empresarial, aí sim a seara de loucasloucuras e ventoaventuras da Engenharia de Produção... Entre as muitas aplicações dessa lei nas empresas, vou me ater a um sub-universo.

Estou lendo atualmente um livro bem interessante sobre relações comerciais, que analisa a distribuição de poder entre comprador e fornecedor. Sua principal tese é que nenhuma parte permite sub-otimizações nas suas transações comerciais: de forma geral fornecedores querem maximizar lucros e clientes querem mais qualidade por menor preço possível. Entre as muitas críticas que o livro faz está a de que a literatura atual de Marketing ao buscar somente a visão do fornecedor é extremamente fragmentada, míope e ingênua, não dando conta dessa tensão intrínseca, achando que os clientes vão aceitar lucros extorsivos.

A GM se estabeleceu como a principal empresa industrial do mundo utilizando um modelo que forçava ao máximo extrair lucros de seus fornecedores, o uso extensivo de competição na indústria de auto-peças e o estímulo desta. O preceito básico é a de que os resultados locais de cada empresa é o melhor para o todo da economia.

E aqui chega ao ponto que queria expor para vocês pensarem. Os japoneses são fodas. Eles ainda não se permitiram ser estudados quanto a relação "tamanho peninano x complexos e distúrbios de personalidade x escapes encontrados no trabalho". Só sei que o Japão já ensinou muito ao Ocidente sobre uma outra forma de fazer mais coisas com menos enVERGADURA...


O Japão desenvolveu a partir da década de 60 instituições no âmbito nacional para muitos setores de sua indústria que, ao invés da COMPETIÇÃO buscavam a COOPERAÇÃO. Então os players das indústrias japonesas, que já tinham 3 ou 4 fornecedores (contra centenas gerenciados por seus embatentes americanos) passaram a desenvolver produtos e mercados em parceria não apenas com seus fornecedores, mas com seus competidores. Quando soube disso pela primeira vez, minha cabeça entrou em parafuso. A premissa é que competidores se ajudando mutuamente podem atingir melhores resultados globalmente. Em 10 anos, os japoneses estavam entrando nos EUA e em 40 anos, estavam levando as 3 grandes de Detroit à (quase) falência.

Isso não pode ser somente explicado por diferenças culturais, existem sérios distúrbios na individualidade deles que ajudam a explicar porque eles não possuem nenhuma auto-estima! (Isso está inclusive em vários Mangás quando ex-vilões viram aliados no decorrer da saga...DBZ).


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ganhos locais x globais (I/III)


Essa é uma postagem em três to-tomos (por enquanto). Assim sendo, segue a primeira, sem grandes brilhantismos mas com muitos conceitos nerds envolvidos (sempreeeee!).

....
Bem, um dos preceitos básicos que aprendemos na Engenharia de Produção é sobre a falácia relacionados aos pontos ótimos, isto é, onde se atingiu a melhor solução possível para o conjunto de variáveis de certo sistema. A falácia em questão é a de que ótimos locais produzem ótimos globais. Ou que a soma dos melhores esforços individuais não trazem os melhores resultados para o grupo. Sim, isso é idêntico ao que o John Nash falou e ficou imortalizado na cena da loira no bar de Uma Mente Brilhante. Grandes novidades né...

Quando a gente para para pensar nas aplicações dessa lei simples de dinâmica de sistemas, vê que tem muuuita coisa errada na atualidade. Escrevo hoje a primeira parte dos to-tomos para dividir com vocês em parte a minha insatisfação com o modelo de trânsito atual.

A introdução e a consolidação do carro foi a afirmação das liberdades individuais em nossa sociedade, um grande impulso a afirmação do indivíduo (-alismo) sobre o coletivo (-ismo). As próprias cidades largaram de mão os bondes e passaram cada vez mais a se basear no carro. Barra da Tijuca que o diga. Nada parece reprimir o apetite voraz das cidades por mais faixas de trânsito, mais estacionamentos, mais postos de gasolina (coitada da Zona Sul nessa), mais revendas, mais... mais...

O problema do carro é que cada motorista agindo com a melhor das intenções vai inevitavelmente buscar o melhor resultado para si. O objetivo de cada pessoa é fazer seu percurso no menor tempo respeitando os limites de segurança ao qual cada um se permite. O problema é quando há menos espaço para realizar essa dinâmica do que todos os sujeitos gostariam. Quando eventualmente o motorista cede a vez no trânsito, ele pode estar atrasando toda a faixa atrás de si. Cada freada, cada cessão de passagem são uma subotimização para a velocidade média da faixa como um todo. E aí não precisa nem chegar aos famosos engarrafamentos, estou falando de qualquer atraso...

A solução? Ao que tudo indica, ela passa por uma revisão do modelo. Ainda que centrada no conceito do carro (ver Discovery Channel é legal porque sempre tem uns japoneses que reinventam cidades do futuro e muitos se libertam dos carros - mas é papo proooutro dia): carros controlados remotamente por um nó central. Assim, computadores poderiam calcular a velocidade média máxima das vias de uma metrópole contabilizando o fluxo de carros a cada instante, instantaneamente controlando e corrigindo cada elemento do sistema para se adequar ao máximo global. Sim, isto é idêntico ao sistema de tráfego ilustrado no Minority Report.

Vi outro dia em um Discovery Channel da vida, que até mesmo mecanismos de transferência de dinheiro poderiam ser pensados: caso algum apressadinho quisesse demorar menos, ele pagaria para passar a frente dos demais, e estes receberiam dinheiro. Ou seja, um sujeito poderia ganhar a vida andando de marcha ré no trânsito. OOOOOO BELEZIIIIIINHA!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

All around the world

Gão tá certo, esse blog ta meio abandonado. Eu culpo a preguiça e a faculdade, mas principalmente a falta de boas ideias e a intolerância, tenho achado tudo um lixo (drama queen!). Agora que eu vou voltar a ser escrava (será que algum dia eu vou arrumar um emprego easygoing?), vai ficar ainda mais complicado atualizar, mas eu vou dar um jeito.

O pior de tudo vai ser ficar sem férias até 2011, eu sou muito bem mal acostumada a viajar sempre. Ou seja, menos um ano pra conhecer todos os lugares que eu quero antes de ter filho (o que eu espero que não aconteça nos próximos dez anos!). NY & Flavinha, fica pra uma próxima...

Hoje, no Globo.com, tem a seguinte notícia, bem engraçada: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1399047-6091,00-ALEMAO+BEBADO+E+FLAGRADO+CORRENDO+NU+PELAS+RUAS+DE+CIDADE+TAILANDESA.html
 


 
 
Daí eu fiquei lembrando da Tailândia – e achando bem hipócrita eles terem prendido um homem nu, num lugar onde tudo pode (mas o cara foi burro, devia ter tirado a roupa na Full Moon Party, não ia ter erro). Tailândia foi um sonho realizado e, definitivamente, um lugar onde todos os solteiros do mundo deveriam ir antes de morrer (eu fui comprometida, então talvez eu tenha que ir de novo um dia).
 


 
 
Se eu tivesse que fazer um Top 10 das minhas trips favoritas e um Top 10 das que eu ainda quero fazer, ia quebrar a cabeça e não acharia a resposta certa. Cancun, NY, Machu Pichu, Noronha, Las Vegas são alguns dos lugares “basiquinhos” que ainda não deram o ar da graça na minha vida. Thai, Bali, Austrália, Califa, NZ, Capetown, já foram riscados da minha lista, mas não me deixam dormir de saudade.
 
Me ajudem, aí! Quais são as top trips de vocês? (vale tudo, de Europa a OREM)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Rio Show informa:

O verão já chegou e com ele as modinhas da juventude Zona Sul para essa estação.
Quem não tem uma máquina de fotografia soviética Lomo é um desajustado e um pária social enquanto toma suco no novo bistrô de Ipanema.
Comprem ou morram.

Esse foi um anúncio de utilidade pública

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ÉNÓISQUTÁ, MALANDRÁGI

É de chorar quando a gente sai do Brasil e repara como as nossas cidades são entupidas de grafite e a gente já se acostumou com esses níveis de depredação de monumentos e de poluição visual... O Rio de Janeiro é a cidade do mundo com o segundo maior número de estátuas e afins, só perdendo para Paris. Agora, não precisa ir para Europa para ver como pichadores são devidamente escurraçados... O que me leva a crer que é o Rio que sofre com uma babção de ovo para bandidagem.

Acredito que se investigar o que leva esses debilóides a fazerem o que fazem, dificilmente conseguiria mudar minha opinião sobre esses debilóides. Suas motivações, acredito eu, dão pena pois devem girar em torno da busca pela afirmação de suas (Malhação) ID's de marginalzinho de varanda. Parada cabreeeeeeeera, possivelmente censurada para a trama das 17h e se bobear até mesmo para a novela das 19h!

Além dos grafiteiros e pichadores (Guilhermão, porque você usou dois sinônimos aqui? Que pleonasmo de analfabeto!), os sprayjets também são instrumentos de trabalho: para malucos-beleza em busca de suas obras-primas e para menininhos leito-com-pêra juvenis que tentam criar bandeiras para suas Olimpíadas e que são incentivadas pelos seus estabelecimento de ensino em completarem seus primeiros passos supervisionados em sua formação como futuros criminosos. Desse universo booooooolado, de valor mesmo só o uso pelos hippies das Belas-Artes. Ainda que com ressalvas, defendo o uso para esses fins para criem suas obras plásticas sob pena de, desocupados, passem a se aventurar por expressões artísticas com seus corpos. E ISSO, COMPANHEIROS, TEMOS QUE EVITAAAAR UNIDOS!


Pelo que vejo, existem 3 formas de pôr fim a esta praga. São elas:

1- Esperar 323 anos até atingirmos níveis europeus de educação e civilidade.
2- Reprimir pelo aparato policial hoje disponível. O resultado está na vista...
3- Controlar os pontos de venda de spray-jets, cadastrar e controlar os compradores (via associações da classe artística, sei lá se esses desocupados tem qualquer forma de organização) e, principalmente, sobretaxando essas ferramentas de encosto... Não sou nenhum doutor em política tributária, mas aparentemente, nenhuma autoridade pública tampouco...


Tendo um defensor da prática como autor do blog, peço que ele saia do marasmo silencioso que se encontra e que venha defender os grafiteiros! VEM PRA MÃO CHARLES!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

To vazando

Galera, imaginem morar num lugar com uma vista paradisíaca de cair o queixo, onde a violência foi erradicada, o acesso é facilitado. Fica encravado no coração da Zona Sul do Rio e lá o Estado provê pesado em reformas, serviços públicos e investimentos mil. E, o melhor de tudo, você paga zero, eu disse Z-E-R-O, de imposto territorial ou por serviços concessionados como luz ou TV a cabo. Lá todo dia é dia de Cosme e Damião, galera!

"... Ha Ha Ha Ha... Você está brincando comigo, né Guilhermão? Tu acha que eu tenho cara de trouxa? Esse lugar não existe já tem uns 50 anos!"

Pois é. O melhor de tudo é que não estou brincando não. Aviso que iniciei fortemente planos para desocupar minha casa e ir invadir um quinhão do Dona Marta. Também quero o que me é de direito! Viva a "justiça social"!! Se bobear meus filhos ainda conseguem pegar no futuro próximo alguma cota em universidade pública para quem é morador de comunidades! DEUS E OS GOVERNADORES DO RIO DE JANEIRO SÃO PAI!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Algo novo no ar do Rio!

Uma das tristes desvantagens de viver em uma metrópole em pleno processo de esvaziamento economico e pauperização da população (como é o caso do Rio de Janeiro), é que poucos negócios conseguem capitalizar divisas de marketing suficientes quando voltadas ao extrato social que estamos inseridos de forma que consigam pagar seus custos de funcionamento. O extrato social a que me refiro é a classe média-alta jovem.

O resultado direto dessa carencia é que o dial do rádio carioca, que já parece um queijo suiço, tamanha a quantidade de buracos que possui, tem só tres rádios voltadas a nós... E essa tão mais do que manjadas pelo povo. E estão no limiar de ser tornarem insuportáveis. Alguém que tenha mais de 14 anos de idade consegue aguentar a exposição contínua a raios sonoros, explosões e malucos gritando? Pois é, e essas rádios fazem isso justamente durante os comerciais, o ganha-pão!

Bem, a novidade excitante da atualidade, na minha opinião é a ascenção de uma nova rádio, mesmo com outro público-alvo (e outro posicionamento de marketing, para os que gostam das coisas nesses termos): a Beat 98. E ouso dizer, a Beat é melhor que as outras 3 rádios (juntas?)!

Tudo bem que a Beat tem uma pequena falha: ela faz uma baita duma mistureba maluca que intercala uma bela batidona do momento com um pagodão xumbrega... O público dela está na camada popular que no Rio bomba! Ainda assim, ela tem dois indicadores de desempenho em melhor situação que as demais. São eles: "a taxa do apertar o botão da Beat e gostar do que está tocando" e "tempo de musica tocando até que eu encha o saco e mude de estação". E essas são as principais coisas que adoçam a relação ouvinte-rádio.

Os motivos para apesar de tudo, a Beat ser mais divertida:
1- Ela não tem medo de botar o funkadão. Trouxeram o Malboro da FM O Dia. Não estão nem um pouco de brincadeira!
2- Ela não está atrás da "nova revelação" da música brasileira, correndo atrás de Scracho, DiBob, NX Zero, e afins! PQP! Ela já achou o futuro da música brasileira e ela está relacionada ao tópico 1.... Quanto aos outros, apelo às rádios: deixem esses emo-merdas morrerem!
3- Ela tem o cara mais engraçado quando o assunto é passar trote. Munssão é o caralho! Eu não sei o nome do sujeito, mas gosto dele só pelo fato dele não esgotar a nossa paciencia fazendo-se entender com um portugues claro e não fazendo sempre a mesma piada com nordestinos. Puta, hoje escutei ele ligando para um corno, falando que era o novo namorado da ex-mulher, que queria ser amigo do sujeito e que só pedia para que ele deixasse o video-game com ela na partilha. Outro dia foi ele ligando para um Motel falando que a água da hidro tava marrom. O cara é um genio!
4- As mensagens de cidadania deles são muito bem colocadas! "Esse é o toque!" sempre avisam!
5- Os radialistas tem aquela marra malandra e escrachada de maluco do Subúrbio, muito divertidões!
6- Depois das 10 da noite toca música de night!
7- Não tem talk-show de mongolóide tocando meio-dia em que tem de tudo, menos graça!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Difícil saber quem odeio mais



Eu entrei fortemente numa vibe agora de usar esse espaço para falar das coisas que eu odeio. E bem, acho que com a de hoje encerro por um bom tempo o rol. Vou me valer do post para falar de duas pessoas que eu odeio.

1 - Eu odeio o Chico Buarque. É ISSO MESMO. SEM VERGONHA DE ADMITIR, VOU GRITAR EM ALTO E BOM SOM PARA QUEM QUISER OUVIR. "Puxa, nada a ver... O Chico não é intérprete, mas ele é um ótimo letrista. Adoro ouvir ele enquanto fumo maconha lá com o pessoal de Comunicação no Jardim Botânico... Ooops, sujei meu All-Star aqui". Chupa minha letra contra a Ditadura, meu caro. Eu juro que eu vou de tijolo no próximo que exaltar o "Pai, afaste de mim esse cálice"... Vamos explicar em um nível que vocês conseguem entender: como crianças mentalmente alegres. A música do cara não é insuportável por conta da voz dele. Existem cantores tão ruins ou piores do que ele. A música do cara é insuportável porq
ue as letras são chatas e o ritmo dá sono. Cálice é um bom trocadilho? Nossa que legaaaaal! O
funk também tem muitos e ninguém solta fogos para esse gênero. Ele tem duas ou três músicas boas? Parabéns. Agora tira o pentelho da boca e feche-a. O cheiro que sai dela quando você fala do "conjunto de sua obra" está insuportável.
Isso deixa os adoradores de Chico com um único argumento: ....o Polytheama é o time mais imbatível de peladas no Rio. Parabéns. Realmente.... Com essa eu não tenho nem como discutir.


2- Eu odeio essas pessoas mongolóides que construíram uma áurea em volta do Chico Buarque. Elas praticamente tornaram um crime de lesa-pátria falar mal do sujeito. Vocês já pararam para pensar no desaserviço que fazem a nossa cultura nessa falta de personalidade de vocês? Não né? Então... VÃO TOMAR NO OLHO DOS VOSSOS BRIOCOS. Vocês são a razão pelo sufocamento de qualquer outra manifestação de cultura brasileira que não saia de uma roda de boêmia da Zona Sul. Realmente, eu não tenho capacidade intelectual para falar com vocês... Façam então um favor para a humanidade: se tranquem todos num quarto, coloquem "Budapeste" para tocar no DVD e deixem o monóxido de carbono tomar conta da sala...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Mermão, Ovéssaparada ! (atrasado de novo como prometido)

Sasparada né !? No post super pessoal de ontem eu prometi, láaaa no final (se alguém teve saco de ler tudo) apresentar duas músiquetas para hoje.
Mas fui além (nem tanto) só pra compensar a 4a (feira) anterior que eu nem dei atenção aqui pro blog. Sendo assim separei 4 músicas do piru.

Duas delas foram fáceis de escolher e as outras duas deram um trabalhinho a mais.
Isso por que eu queria diversificar os estilos dentro dos dois gêneros que mais me pilham na pista. Ihhh! É isso aih! Quando eu escolhi essas quatro músicas eu estava é com a cabeça no dancefloor (não bêbado caido e sim imaginando um pista de dança ok?) UHUUUUUUUL !

A primeira é o novo hit poderoso e wannabe moderninho do Chris "O porrador" Brown. Depois de colar os cinco dedos na cara da Rihanna, ser jurado de morte pelo Best-Rapper-Alive-Jay-Z e ser condenado a catar latinha na lapa (???) Cris Marrom reaparece com um batidão cheio de barulhos robóticos (que toque!) e uma percussão de latas reaproveitadas. Ah, e é claro que com a presença do onipresente-e-auto-proclamado-Best-Rapper-Alive-Lil' Wayne. Parabéns ao produtor do pequeno woman beater pelo beat pesado. Espancou !

Chris Brown - I Can Transform Ya (feat. Swizz Beatz & Lil' Wayne)

Letra da Música aqui.

Essa segunda é sensacional. Ludacris canta direitinho o que resulta da mistura de muita bebida com muita pegação. Baladinha de pista com um pianhinho style e umas palminhas pra agitar. Tem também a vozinha fina irritante do T-Pain pra quem gosta (por que?). Pra seduzir as biatches nas buatchys da vida.

Ludacris - One More Drink (feat. T-Pain)
Letrinha aqui.

Agora é minha praia. Rock ! Nada melhor que o bom e velho roquenrou pra dançar como se ninguem tivesse olhando. E esse é o estilo !
Essa é pra casal que curte uma porradaria e guitarras estridentes! Se bem que quando eu ouço essa música e morro de amores pela Florence. É que essas meninas indies mexem comigo. Quimicamente!
Me desculpem !

Florence & The Machine - Kiss With A Fist

Para ver a letra é só clicar em mais informações na direita do video.

Última ! "Êeeeeeeeeeee. Viva!" dirão os pagodeiros e pederastas do axé.
A pista estava uma uva. Deu pra beber e dar show na pista, beber e dar vexame no sofá de couro na parte mais escura da boate, dar uma vomitadinha sagaz pra depois ir lá na atividade e pegar uma (um) gatinha(o) no tapa! Porra, isso que é a noitada !!!
Agora pra acabar, uma dancinha mais sossegada com a pista vazia e a garantia de uma(um) foda(amorzinho) com essa(e) desconhecida(o) de maquiagem borrada(barba mal feita) ! A letra é pra casais problemas.

The Kooks - Naive

Letra. Essa é bonita demais.

Quem não gostar de todas eu perdôo, mas quem não gostar de nenhuma pode ir la pro show do Revelação e não falar mais comigo por favor !!!

Parti-me (pra festa de aniversário da ex-BBB Gisele). E é sério. Hahahhhaha !

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Skate this

Nesse blog já se falou sobre bizarrices australianas, falcatruas brasileiras, sagacidades americanas, música e entretenimento do mundo todo. Parei e pensei: Ih, caralho até hoje não postei nada sobre uma das coisas que eu mais gosto nesse mundão de meu deus.

SKATE !!!

É, tava demorando.

Na real eu me deparo todo dia com alguma coisa interessante no mundo do skate pra postar aqui, mas como esse é um assunto que pouquíssissississimas pessoas dominam eu me seguro. Aí lembrei de uma conversa que tive há pouco tempo com um amigo dos meu tempos de skate-rat que dá pra dividir com todo mundo (eu acho). A gente, conversava sobre como as coisas tomam outras perspectiva quando se passa a andar de skate. A arte, a música, a moda, as atitudes do cotidiano, o lazer e até as mulheres.

Tudo acaba sendo visto com novos olhos (menos ordinários, acredito eu).

E eu dizia que a mudança mais brusca e divertida acontece na nossa relação com a arquitetura. A cidade ganha novos significados. Bancos, escadas, rampinhas, buracos, boeiros, degraus, muretas, canteiros, tapumes, paredes (eu poderia ficar por horas) passam a ser vistos como possibilidades de diversão, um chão de granito chama muito mais atenção do que um de pedra portuguesa e angulos obtusos (x>90º) são muito, muito bem vindos sempre. É como se existe uma cidade invisível (só os inteligentes conseguem ver) dentro da própria cidade. Lugares como Barcelona e (agora) Pequim são perfeitos para andar de skate sem nunca terem sido arquitetados para isso.

Aliás, senhor arquiteto, é assim que a gente GOSTA !

Pra mim é muito natural esse olhar, mas às vezes eu queria muito que todos vissem o que eu vejo.
Não custa nada tentar. Aí vai !

Barcelona

Pequim

Barcelona

Pequim

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NY


São Francisco

Funcionou? Não? Ah, cacete, então vai andar de roller !

Obs.: Quanto ao MERMÃO OVÉSSAPARADA... Amanhã ! Duas músicas !

domingo, 25 de outubro de 2009

Para refletir sobre o que é ser gênio...

O post de hoje é sobre uma dessas coisas que eu deparo e fico passando um bom tempo pensando a respeito sem nunca conseguir compreender de fato suas reais implicações no diversos aspectos de nossas vidas.

(abre parêntesis)
Então, estou me acabando aqui na App Store da Apple para aplicativozinhos nerds. Tenho muito que me conter muitas das vezes para ficar só nos programinhas gratuitos (mas confesso que estou seriamente tendencioso a comprar o Rock Band por UD$ 10,00... Ai papai... Tenho que descobrir logo como ativa o Pirate Bay da parada).




Conforme tinha conversado anteriormente por e-mail, acredito que esses efeitos de rede que a Apple criou são sua maior força para manter fãs cativos e ainda trazer novos cada vez mais (sejam eles desenvolvedores de software que dividem lucros com a Apple ou os 99,6% da população mundial restante que não são nerds e que pagam com um sorriso no rosto pela nerdisse dos 0,4%), ao mesmo tempo em que embarca de vez no processo de "servilização" de produtos (que é o que há de mais séc. XXI para negócios que produzem bens físicos). E é um processo de embarcar serviços nesses bens físicos que não necessariamente está calcado no "all for free"da Google.

Realmente complica para o lado de outros celulares e mp3 players que tem um produto de melhor qualidade saírem para competir com uma desvantagem inicial tão grande. (Mesmo que tenham copiado o conceito da lojinha de aplicativos. O celular da Google, por exemplo, ainda está para mostrar ao que veio)...

Não é por nada não, mas o Steve Jobs de fato merece os aplausos de um consumidor (no caso, eu) que até bem pouco tempo atrás odiava seus iP(h)ods de gerações pré-wiFi e pré-telas touch. Isso deve ser fruto de anos e anos apanhando e quase indo à falencia com os efeitos de rede da Microsoft e do PC. Isso porque mesmo com produtos de melhor qualidade, ninguem comprava / compra Machintosh porque eram incompatíveis com o resto do mundo...

Neste link dá para acompanhar o escalonamento do número de aplicativos e de downloads dos quais a Apple se aproveitou. Nesse daqui, dá para ver o mesmo efeito, mas para as músicas, vídeos e afins comprados no iTunes.
(fecha parêntesis)


Mas entããããoooooo... O post de hoje era apenas para partilhar com vocês a existência de um determinado aplicativo que deu muito o que falar há um tempinho atrás (cerca de um ano). Vou deixar que vocês reflitam a respeito... O "I am Rich". O que ele faz? ABSOLUTAMENTE NADA! Quanto ele custa? UD$ 999,99. Quantas pessoas dizem ter comprado no espaço de um dia (antes da Apple ter tirado o bichinho do ar)? Oito. Porque? PORQUE ELAS PODEM! Do que podemos chamar o sujeito que bolou isso após ter embolsado essa quantia? ....

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Obs: Um dos compradores alega ter comprado acidentalmente. AHAHAHAHAHAHAHAHA. Esse com certeza não tem nada de gênio!

domingo, 18 de outubro de 2009

O melhor boquete do Brasil!

Não sei se o blog está sujeito a palavras de tão baixo calão. Mas escrevo nesses termos porque depois de muito pensar, foi a conclusão a que fui capaz de chegar. Não existe outra explicação possível dentro dos limites de nossa racionalidade (tal como já observava o mestre Herbet Simon e seus princípios da racionalidade limitada).


COMO ELE AINDA PERDURA? E NOS EVENTOS NOBRES DA MAIOR EMISSORA DO PAÍS?O que rola nos bastidores da rede Globo, realmente, vai do folclore depravado até passagens de Sodoma & Gomorra (versão bíblica não-censurada). Sério, o maluco é o mais mala do Brasil ou sou só eu?!? O pior é que a gente sofre invariavelmente com ele por conta da habilidade que possui e distribui a rodo no alto escalão da emissora... Triste...

E como brinde, um daqueles videozinhos para mostrar que eu não estou sozinho! Sensacional o quanto ele fica desconcertado. Neste aqui, o cenário era o Pan. Louvado seja o Pan 2007 (que além desse apupo, contabilizou aquela merecida escurraçada contra o Lula. Pena que só tenhamos tido aquele momento de lucidez).





OBS: A lavada do Flamengo sobre o Palmeiras marcou o retorno de outro grande mestre das artes ilícitas: Casagrande... Sem palavras. Mas acho que o caso dele não é tão vulgar quanto o do Galvão. Ele deve distribuir seus dotes apenas na boca, e os traficantes achacam o resto da emissora pela presença dele no ar. Desejo apenas que ele se perca o quanto antes em um novo vício para nos privar da sua presença na TV.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Gordo Garoto Magro

Poucos artistas são capazes de transcender as barreiras de gênero sem nunca abandoná-lo. Esses poucos e loucos são aqueles que exalam verdade e dedicação em suas obras e performaces, e são eles que expandem os gêneros e o levam de encontro à outras platéias e publicos.

Mas como identifica-los racionalmente? - Racionalmente porque a qualidade das obras é posta de lado quando doses estúpidas (nos 2 sentidos) de emoção estão presentes.
Bom, queridos panacas, se vocês não perceberam, eu respondi antes de perguntar.
SÃO AQUELES (artistas, duh) QUE LEVAM O GÊNERO A OUTRAS PLATÉIAS E PÚBLICOS pombas !

Artistas são excepcionais quando são admirados e respeitados por pessoas (platéias e públicos, duh) que não possuem nenhuma relação pessoal com o que é proposto na obra. É o ótimo pelo ótimo.

Não ficou claro? Sério? Caracoles!

Você pode só adorar desenhar pirus na prova do aminhguinho. Mas não pode negar jamais a qualidade de Van Gogh (sério que eu fiz essa relação? meodeus!).

Pode curti lá sua Bossa-Nova, tranquilão, de chinelo em ipanema sem duvidar do quanto os Ramones (damn!) são especiais.

E tu pode ser um puta conservador, retrogrado, caretão, militar e ouvir um Bob Marley no carro voltando de uma sessão de Ópera do Malandro. Vestindo um Armani.
Agora foi neh? Ok !

Toda essa prolixidade e ausencia de objetividade é só pra dizer que FATBOY SLIM é bom pra (caralho) palavrão nenhum botar defeito.
Não amo música eletronica, entendo menos ainda, não acompanho o cara, nunca sei onde ele esta, qual é a nova musica dele, e só por ser uma máquina de guardar informações inúteis sei o nome verdadeiro dele. Ou seja, não sou público, nem formo platéias pra ver o Fatboy Slim.
De qualquer forma, sempre que me deparo com qualquer coisa dele eu penso: Caracoles mané ! (a.k.a Óh, que qualidade estupenda, que expressão forte do eu-artístico!). Seja em suas músicas, vídeos e shows pelas praias do mundo (ele é um fanfarrão).

Quando eu vi esses 2 clipes (a long time ago) eu com certeza fiquei sem piscar. É tudo muito perfeito !

Fatboy Slim - Ya Mama (push the tempo)


Fatboy Slim - Slash Dot Dash



Obs.:Essas duas músicas correspondem a uns 80% do meu arcervo de música eletronica e os dois clipes estão, mole, no meu top 10.
Obs. B: Assitam também Weapon Of Choice, com o Christopher Walker dando um show no passinho do Fred Aster
Obs. 3: CONSIDEREM ESSE POST DUAS DICAS DE MÚSICA DO MERMÃO OVÉSSAPARADA, OK?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ZOOREM !!!


Eu sobrevivi a mais um OREM !
Já é a segunda vez que eu submeto meu corpo e meu ectoplasma a este evento que é a ultimate definição de fanfarra.

Tá lá no Aurélio: Fanfarra sub.s. sing. fem. - OREM.

E se você, como eu, nutre curiosidade por tudo que é sórdido, abjeto, asqueroso, desprezível, hediondo, ignóbil, imundo, nauseabundo, nojento, repelente, repugnante, sujo e torpe, o OREM é a Disney.

Éh meninas e meninos do bem, o OREM é como um bisonho zoológico humano. Todo o tipo de bestialidade se junta para uma grande confraternização de luxuria, embriagues constante e perdição eterna. Estejam preparado para cuecas usadas e níveis de higiene no chão.


Ilustrarei mais um pouco do que eu Vi (Vivi e Bruninha Chupetão 2x) dissecando alguns personagens mais emblematicos dessa arriscada aventura.

O TROGLOSSAURO - O mais forte entre as criaturas. Apesar da primeira impressão de extrema virilidade, com o tempo é facil perceber que ele passa 24 horas usando uma saia de colegial e um peruca loira ensebada de carência. Não é capaz de mudar a expressão facial, lembrando, àquele que o observa, um paciente lobotomizado. Inofensivo. Dizem que quem o toca obtém sorte.

O BONDE DOS MINHOCAS - Seres sorrateiros. Aparecem sempre em número pequeno e causam, naqueles que cruzam seu caminho, sensações que variam de nojo a medo. Suas principais características são seus adornos. Bonés de Nylon colocados levemente na cabeça, e bermudas bem caidas. Desconhecem a higiene com suvacos e vergonhas de seus pentelhos. Se tornam chamativos e mais perigosos durante o "passinho do jacaré".

O ÚLTIMO DOS FANFARRÕES - Último de seu bando. Foi abandonado por aqueles que terminaram a faculdade e arrumaram empregos ou namoradas. Age sozinho em ritmo frenético tanto de dia quanto de noite. Pode ser visto zoando a porra toda com uma garrafa de vodka de procedencia duvidosa na mão. Parece não temer nada. Um agente do caos.

BACK 2 BAHIA - Dupla de caçadoras. Estão sempre atrás de machos distraídos.
Conseguem imitar a linguagem dos humanos, mas se entregam com um sotaque preguiçoso e arrastado. Corajosas e piranhudas, entram no território de suas vítimas sem qualquer tipo de preocupação, principalmente a preocupação de não mostrar as calcinhas suadas.

Esses são apenas os mais charmosos e vistosos. O OREM é a ultima fronteira. Existirá o dia em que a humanidade irá conhecer e entender plenamente o que existe e acontece por lá. Para, apenas assim, respeitar. E eu espero estar vivo nesse dia ...

domingo, 11 de outubro de 2009

This is graduation!

Galera, para mudar um pouco os buenos aires da nossa conversa olímpica, eu poderia retomar um post do Charles sobre o sacrimônio do matrilégio. Mas vou aproveitar a deixa da Andressa na pergunta que ela fez em resposta ao discurso que elaborei na minha formatura. Como muitos de vocês não foram, transcrevo o discurso dos oradores de formatura da Engenharia de Produção. É uma alegoria sobre a minha falta de assunto!

A foto é do "Kanye West - Good Morning", que é chata. Então deixarei a deixa da nova dele.

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Eu: Formandos, ta tudo nos trinques? Podemos engatar e descer na banguela? Senhoras e senhores, boa noite. Antes de agradecer a presença de todos, gostaria de pedir que apertem os cintos. Sabemos que a cerimônia de colação de grau é o segundo evento mais chato já concebido pelo homem, só perdendo para as colações de grau do ensino médio. Que são basicamente iguais, só que com aquele ar muito mais insuportável de garotos recém-saídos da puberdade.
A MC: Pessoal, chegou o momento tão esperado de discurso dos oradores. Agora, faremos de tudo para comovê-los. Cada um de vocês recebeu um vidrinho de pimenta para passar nos olhos. O momento é agora....
Eu: Eu já adianto que esse texto vai ser confuso, chato, longo e que no final, vocês vão reagir. Usaremos palavras descabidas e pomposas como “Engenharia” “Produção” e “Antiquadra”. Demoraremos tanto que no final vocês começarão a se perguntar se vale a pena dormir no Fundão e voltar amanhã para o continente. Certamente causaremos uma reação de indignação e de raiva. Se no final das contas, vocês, de tanta raiva, saírem chorando então saberemos que nós dois fizemos um bom trabalho. E um trabalho que não dá cadeia.... Espero. O amor é lindo, mas quero minha parte em dinheiro (não-falsificado, se possível). Tô brincando heim gente... Eu mesmo já prometi a mim mesmo que vou chorar no decorrer dessa noite, podem esperar.
A MC: Galera formanda, vocês já se tocaram no drama? Vocês já se tocaram que a partir de agora quando as pessoas perguntarem "Poxa, quem é aquela menina bonitinha lá do Financeiro?" vamos ser vítimas do enquadramento social automático que miniminiza todas as dimensões de uma pessoa para dar a resposta "Ah, a “bonitinnha”? Ela é engenheira de produção". O que conquistamos aqui passará a nos definir para a sociedade. Somos só engenheiros, o resto é conversa.... Triste né?
Eu: “SÓ” engenheiros? Eu não poderia ligar meeeeenos! ENGENHEIROS DE PRODUÇÃO DA UFRJ!!! UHUUUUUUUL!!! A melhor universidade da melhor Engenharia do país! E isso pelas contas do ENADE. Graças a Deus, a modéstia é nossa maior qualidade rumo à dominação mundial! América do Sul, baby, são 4 territórios e 2 exércitos por rodada!
A MC: Mas esse ar de arrogância estupidamente charmosa não é para menos: são poucos os que saem com um diploma debaixo do braço aí que podem falar com total segurança sobre Engenharia do Meio-Ambiente, Resistência dos Materiais, Sociologia Industrial, Engenharia do Entretenimento, ou...
Eu: Mas, reconheçamos sim: algo transborda de nossos semblantes aparente às vistas de quem se presta a ver, e é só puxarmos de memória: o quanto mudamos nessa caminhada. Se antes éramos meninhos inocentes e delicados criados a muito leite com pêra e muito gummy, hoje somos jovens devassados criados a muito leite com pêra e muito uísque. A faculdade foi uma escola dessas que só o dinheiro dos contribuintes paga e não cobra.

A MC: Goethe já falava: “Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes”
Eu: E Stan Lee retrucava: “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”.
A MC: Quem avisa, amigo é.
Eu: E aquela ilustríssima filósofa brasileira concluía irretocavelmente: Tudo que eu quiser o cara lá de cima vai me dar. Me dar toda coragem que eu puder. Basta acreditar.
A MC: Juntos com você, nós somos invencíveis pode crer. Todos somos um e juntos não existe mal algum.
Eu: ...Lua de cristal

A MC: Isso tudo é nossa forma de resumir: o peso em nossas costas agora é gigantesco. Quando vierem perguntar porque aquela ponte caiu?
Eu: Vão acusar o Engenheiro Civil
A MC: E quando a economia do país estiver em recessão?
Eu: Vão entrevistar um economista
A MC: E quando uma empresa falir?
Eu: A culpa é dos administradores.
A MC: Então não existe responsabilidade que recaia sobre nós e estaremos ali na meiuca do posto de gasolina comandando geral?
Eu: É!
A MC: E tantos pensando na carreira política?
Eu: É!
A MC: Mas que magaviiiiilha!

Eu: Mas minha cara, isso tudo assim? Fácil desse jeito?
A MC: Bem, o mundo é injusto e cruel, e nós fomos vítimas: Foram muitas festas, muitas risadas, alguns choros, muitos grupos de estudo na biblioteca, nas casas e no gmail.... Foram muitas capotadas e algumas outras capotagens também... Choppadas incríveis e inesquecíveis. Foram muitos abraços, alguns chamegos e muita amizade... Foram algumas confusões, em frente ao F, das quais o Guilhermão vai sentir uma irremediável falta.
Eu: Pô, falando assim não dá a real dimensão das coisas... Onde entram todas as horas de sono perdidas estudando para repetirmos de novo em Física III? Todos os trabalhos de cartolina, recorte (do livro) e colagem, que viramos noites para conseguir entregar? A tensão pré-notas de PCP II, quando suamos até os 45 do segundo tempo para sabermos se poderíamos nos formar?
A MC: Bem, o que tiramos disso tudo?
Eu: Muitas coisas! Aprendemos, por exemplo, que tempo é dinheiro. Persistimos e mais outras tantas horas gastas nas nossas incursões gastronômicas pelo Fundão (graaaaande Burguesão) ou fazendo churrascos despreocupados no meio da semana, terça, quarta-feira e sexta de novo... Porque não? Topo topo... Porque não? E não era qualquer churrasco não: por puro sadismo nos víamos obrigados a nos despencar a diversos municípios e unidades da federação anexos. E nesse momento, forças maiores nos impedem de prestarmos as devidas homenagens a Jacarepaguá e “àquele lugar do outro lado da poça cujo nome não mencionamos”. E o que dizer das táticas de guerrilha vendendo Nova Skin na porta da Baronetti até acabar o estoque ou a data de validade? Aquilo sim é um tempo bom que não volta nunca mais! Nunca mais rolar na grama.... Será? Nunca mais?
A MC: Se antes éramos crianças com aspirações, hoje somos adultos com perspectivas. E digo com absoluta complacência de meus colegas, que não poderia haver forma melhor para tudo ter acontecido.
Eu: E essa é uma daquelas mentiras que só poderia ser dita neste momento.

A MC: Dizem que conselho não se pede. Mas já que fomos escolhidos como Mestres de Cerimônias, acreditamos ter o direito de dar alguns
Eu: USEM FILTRO SOLAR!
A MC: A hora agora é de trabalhar. Olhar para trás com orgulho sim, mas saber que é preciso suar para conquistar o que queremos. Mas que com certeza, se chegamos até aqui, teremos essa constelação de amizades para nos acompanhar por toda a vida.
Eu: Cito Rocky Balboa para chamar a atenção de vocês, colegas, para algo que vocês já sabem: o mundo não é feito de dias ensolarados e arco-íris. É um lugar sórdido e não importa o quão duro nós somos, o mundo vai nos golpear e nos pôr de joelhos e nos manter assim se permitirmos. Nenhum de nós aqui presente irá golpear mais duramente do que a vida. Mas não se trata do quão duro ela irá nos acertar. Se trata do quanto cada um de nós pode agüentar e ainda assim continuar de pé para o próximo round.
A MC: Já dizia Guanaes: Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Fomos criados para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar, sempre, com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Eu: O tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai sagrar o resultado de nossos esforços, e só o trabalho te leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso. Sucesso não é medido pela quantidade de dinheiro que acumularemos em nossas vidas, nem quantas mulheres conquistaremos, ou mesmo o número de artigos que escreveremos.
A MC: Sucesso é medido pela quantidade de pessoas que olham para nós e medem a si próprias pelo nosso caráter e pelas nossas conquistas. Que essa seja uma destas conquistas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mermão, Ovéssaparada ! (atrasado de novo)

Tenho muito orgulho de ser amigo da Andressa e do Guilhermão (não é uma gracinha?).
Eles me pouparam do esforço e stress racional postando sobre as Olimpíadas no Rio de formas tão complementares. A Andressa, sagaz que é, sacou o quanto a postura do povo carioca (e talvez do brasileiro) pode ser antagônica a todo o projeto (não espírito) olímpico. E o Guilherme deu muito tiro pra cima da politicagem carioca (e da brasileira) e as possíveis e iminentes mamatas, esquemas, sacanagens, vacilos e lorotas que o futuro guarda.

we were warned !!!

Eu só ficaria resmungando o quanto as pessoas que apóiam cegamente as Olimpíadas na Para-Cidade do Rio são burras, altamente sugestionáveis, influenciáveis, sem personalidade, caretas, e burras, burras, burras. Minha mãe ja dizia, eu sou um chato !

E é nessa vibe ranzinza meio, anti-carioca, que eu vou postar, atrasado, óbvio, o Mermão Ovéssaparada (de quarta) no passinho da metáfora.

Sá, Rodrix, Guarabyra - Mestre Jonas

Jonas, o carioca, vive dentro da baleia MARAVILHOSA.
Ele diz que é um santo homem.
Ele assinou um papel.
E vai morar dentro dela pro resto da vida.

Na baleia a vida é bem mais facil.
Jonas mora lá por vontade própria.
Nada incomoda a paz do Jonas.
A tempestade fica de fora.
Jonas não ve que o bicho pega.

Ouçam nesse link e depois baixem por conta própia.
Aprendam nesse link e por conta própria.
Cantem por esse link e por contra própria.
E sejam nerds sabendo quem é esse link.

Ah, essa música também é da trilha de Meu Nome Não É Johnny !!!
E desculpem pelo 6 invertido na imagem.
Mas vale lembrar:
o número 6 e coisas invertidas sempre fortalecem argumentos caóticos
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AMANHÃ ESTRÉIA O BASTARDOS INGLÓRIOS !!! Scheisse ist warm !!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Let the games begin!

Depois de mais de uma semana completamente ausente (provas e trabalhos me consumindo), here I am!

Eu ia comentar no post do Guigão, mas resolvi falar sobre o Rio 2016 do meu jeito. Em princípio, fui super contra: além de só 100m rasos, natação e um pouquinho de vôlei me interessarem em Jogos Olímpicos - até futebol é chato em Olimpíada -, eu tava temendo o estupro financeiro e a cegueira generalizada da população em relação a todo o resto.
Esse fanfarronismo ufanismo todo me lembrou a estratégia política da ditura na Copa de 1970. Com o Brasil tricampeão, só comunista desocupado se importaria com repressão, assassinatos, exílio e dinheiro público sendo descompensadamente gasto, né?

To sentindo que essa vai ser a postura generalizada pelos próximos sete anos. Pra completar, com a Copa em 2014, a putaria vai se institucionalizar e isso aqui vai virar uma festa (felizes são os pre teens de hoje que serão teens fogosos e desempregados, prontos pra quebrar tudo - turistas, watch out!). Já tem gente falando em enforcar 2015...

Enfim, mas como toda boa brasileira, eu me emociono até com comercial de banco e já to adorando a ideia. Espero que os gastos sejam controlados (sonhar não custa nada) e, principalmente, espero que a oportunidade não seja desperdiçada e o Rio vire referência para a realização de mega eventos e mudanças de infra estrutura.

No entanto, preciso confessar que, assim que a candidatura foi confirmada e Chicago escurraçada logo de cara, a primeira coisa que me veio em mente foram esses vídeos que circularam pela web nas últimas semanas.
O primeiro é um flashmob em Chicago planejado pro 24º aniversário do programa da Oprah. O segundo é uma tentativa de flashmob em Ipanema pra promover o novo single da Ciara. Pra mim, é uma metáfora bem esdrúxula de como as coisas são realizadas aqui e lá.

Por aqui, a falta de planejamento, organização e comprometimento torna qualquer ação pública numa bela porcaria - nego ou é um burro e não entende nada ou é preguiçoso que nem uma porta! Por outro lado, se tem uma coisa que americano sabe fazer é dar show - e, como time is money, conseguem fazer isso da melhor forma possível.