terça-feira, 17 de novembro de 2009

Algo novo no ar do Rio!

Uma das tristes desvantagens de viver em uma metrópole em pleno processo de esvaziamento economico e pauperização da população (como é o caso do Rio de Janeiro), é que poucos negócios conseguem capitalizar divisas de marketing suficientes quando voltadas ao extrato social que estamos inseridos de forma que consigam pagar seus custos de funcionamento. O extrato social a que me refiro é a classe média-alta jovem.

O resultado direto dessa carencia é que o dial do rádio carioca, que já parece um queijo suiço, tamanha a quantidade de buracos que possui, tem só tres rádios voltadas a nós... E essa tão mais do que manjadas pelo povo. E estão no limiar de ser tornarem insuportáveis. Alguém que tenha mais de 14 anos de idade consegue aguentar a exposição contínua a raios sonoros, explosões e malucos gritando? Pois é, e essas rádios fazem isso justamente durante os comerciais, o ganha-pão!

Bem, a novidade excitante da atualidade, na minha opinião é a ascenção de uma nova rádio, mesmo com outro público-alvo (e outro posicionamento de marketing, para os que gostam das coisas nesses termos): a Beat 98. E ouso dizer, a Beat é melhor que as outras 3 rádios (juntas?)!

Tudo bem que a Beat tem uma pequena falha: ela faz uma baita duma mistureba maluca que intercala uma bela batidona do momento com um pagodão xumbrega... O público dela está na camada popular que no Rio bomba! Ainda assim, ela tem dois indicadores de desempenho em melhor situação que as demais. São eles: "a taxa do apertar o botão da Beat e gostar do que está tocando" e "tempo de musica tocando até que eu encha o saco e mude de estação". E essas são as principais coisas que adoçam a relação ouvinte-rádio.

Os motivos para apesar de tudo, a Beat ser mais divertida:
1- Ela não tem medo de botar o funkadão. Trouxeram o Malboro da FM O Dia. Não estão nem um pouco de brincadeira!
2- Ela não está atrás da "nova revelação" da música brasileira, correndo atrás de Scracho, DiBob, NX Zero, e afins! PQP! Ela já achou o futuro da música brasileira e ela está relacionada ao tópico 1.... Quanto aos outros, apelo às rádios: deixem esses emo-merdas morrerem!
3- Ela tem o cara mais engraçado quando o assunto é passar trote. Munssão é o caralho! Eu não sei o nome do sujeito, mas gosto dele só pelo fato dele não esgotar a nossa paciencia fazendo-se entender com um portugues claro e não fazendo sempre a mesma piada com nordestinos. Puta, hoje escutei ele ligando para um corno, falando que era o novo namorado da ex-mulher, que queria ser amigo do sujeito e que só pedia para que ele deixasse o video-game com ela na partilha. Outro dia foi ele ligando para um Motel falando que a água da hidro tava marrom. O cara é um genio!
4- As mensagens de cidadania deles são muito bem colocadas! "Esse é o toque!" sempre avisam!
5- Os radialistas tem aquela marra malandra e escrachada de maluco do Subúrbio, muito divertidões!
6- Depois das 10 da noite toca música de night!
7- Não tem talk-show de mongolóide tocando meio-dia em que tem de tudo, menos graça!

3 comentários:

  1. Gão, uma pena meu comentário giga sobre o Chico Buarque ter apagado, porque eu consegui reescrever tudo o que você disse de uma forma politicamente aceitável. Mas, dessa vez, vou ter que discordar (em parte) de você.

    Eu, como boa barrense, passo um décimo do meu dia dentro do carro, ouvindo rádio e cds gravados em 2008. E sofro pra conseguir ficar mais de 15 minutos numa mesma rádio. Além do lixo musical, é uma profusão de propagandas invasivas e estridentes que já me fizeram perder parte da audição.

    Mas ainda não evolui suficientemente pra conseguir ouvir a 98, nunca consegui. E prefiro nem comentar sobre o Munssão (é o mesmo da Jovem Pan?), é o tipo de humor que consegue me fazer suar de raiva - aliás, nunca falei isso pra vocês, mas a verdade é que eu nunca suportei o Zina e esse tipo de humor à la Pânico na TV, eu rio por 5 minutos no máximo.

    Enfim, fica o recado pra galera que acredita que a juventude ainda não se rendeu 100% ao Ipod...

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  2. Eu ia dizer, antes de deletar o comentario todo, que vc esta errado, q a beat eh uma merda e outras perolas ranzinzas. Mas parei pra pensar. Eu nunca ouvi a beat, e nao a ouco por puro preconceito elitista. Logo nao posso dizer mto sobre ela.

    Alias, esse msm preconceito (que mtas vezes se afirmou imutavel como conceito) é o q me faz nem tocar no radio.

    Uma pena. Eu sei q existem programas bons, sejam eles de entretenimento, de musica ou jornalisticos, mas eles se perdem no meio do lixo.

    Musica de night soh funciona na night, a nao ser q vc seja um gayzao peludo.
    O funk soh faz bem se o ouvinte sabe q existe algo alem disso. Dj malboro eh um dj tecnicamente merda que dilui o funk e o transforma em tema de novelas e trilha de festas no MAM.
    O radio comprime as ondas sonoras (graves e agudos bem trabalhados vao pro cacete). Ou seja, as musicas ou ficam extremamente insuportaveis ou extremamente grudentas, no pior do casos, os dois AKA umbrella.
    E naum vou nem comecar a falar dos jabas.

    Basta, se contentar com o bom(?) e velho(!) Ipod e minha propria selecao e esperar pela radio digital !

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  3. Quem não ouve rádio não aprecia os novos funks. Não posso me dar a esse luxo, infelizmente...

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